A utilização da Inteligência Natural no modo “deixa solto”

 

Vou explicar aqui como é o processo de elaboração de um desenho gerado por IN, Inteligência Natural. O desenho foi feito durante uma reunião, com lápis, numa folha de papel A4 que estava na mesa. No caso, não houve “prompt”. A coisa foi sendo rabiscada aos poucos, no modo “piloto automático”, meio sem pensar, e não tinha nada a ver com o assunto da reunião. A primeira coisa que risquei foi aquela espiral que está no alto da folha, e que um pouco depois se transformou num quepe de militar. Em seguida, rabisquei a cara do sujeito e o corpo, vestindo um uniforme todo engalanado, cheio de enfeites, que sempre são bons de desenhar. Enquanto esses rabiscos iam acontecendo, eu continuava a participar da reunião. A figura do militar ficou ali sozinha mas, depois de um tempo, me deu vontade de desenhar outro personagem para participar da cena e preencher o espaço vazio no papel. Então apareceu a figura de um velho hippie, com o punho fechado, em sinal de protesto. Mais uma vez, o desenho foi deixado de lado durante um tempo. E aí, de repente, do nada, apareceu na minha cabeça a imagem de uma cenoura sendo usada como punhal. Só tive que encaixar a cenoura no punho fechado do velho hippie. Aí “aconteceu a mágica”, como dizem os palestrantes especializados em criatividade…A imagem finalizada se tornou um retrato tragicômico dos embates entre o pacifismo e a boçalidade militarista. Nada disso foi pensado naquela hora, mas é claro que, no fundo, eu sou esse cara que empunha a cenoura.

*Isso foi publicado no zine digital TREVOUS. http://trevo.us

 

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